Quase 2000 migrantes, em sua maioria refugiados sírios que desejam morar na Europa ocidental, passaram a noite de sexta-feira (21) sob chuva em uma área de fronteira entre Grécia e Macedônia, retidos pela polícia macedônia, e centenas mais seguiam para o local.
Muitos dormiram a céu aberto e outros em pequenas barracas nesta área entre a localidade grega de Idomeni e a cidade macedônia de Gevgelija.
Os migrantes, esgotados e em um cenário caótico, observavam a fronteira macedônia, onde as forças especiais estão mobilizadas desde quinta-feira, quando este país decretou estado de emergência para enfrentar o fluxo migratório.
Durante a noite, a polícia dobrou a espessura dos alambrados, enquanto a multidão, com crianças aos prantos, implorava por ajuda.
Ao mesmo tempo, centenas de migrantes seguiam neste sábado para Idomeni, procedentes do porto grego de Tesalonica, com o objetivo de caminhar até a fronteira.
A polícia da Macedônia fechou na sexta-feira a fronteira com a Grécia para deter o fluxo de migrantes que desejam chegar à Europa ocidental e utilizou bombas de efeito moral para provocar o recuo de um grupo, o que deixou oito feridos.
Mas durante a noite as autoridades permitiram a entrada no país de um número limitado de migrantes de "categorias vulneráveis", que embarcaram em um trem com destino ao norte, para transferi-los à fronteira com a Sérvia.
Na manhã deste sábado, a polícia permitia a entrada de alguns grupos de maneira esporádica.
Nos últimos dias, milhares de migrantes, sobretudo sírios, mas também somalis, paquistaneses, afegãos e iraquianos, chegaram ao sul da Macedônia, a Gevgelija. Nesta cidade esperam embarcar em um trem com destino à Sérvia, antes de entrar nos países da União Europeia.
Mas a Hungria está construindo um muro de quatro metros de altura e 175 km de comprimento na fronteira com a Sérvia, com o objetivo de impedir a entrada dos migrantes.
