A Marinha italiana organizou o resgate de cerca de 4.400 imigrantes nas águas da costa da Líbia nas últimas horas após receber pedidos de ajuda de 22 embarcações, em uma das maiores operações multinacionais até agora.
Os imigrantes viajavam a bordo de 16 lanchas pneumáticas e sete barcaças à deriva no Canal da Sicília, que separa o norte da África da Itália, e chegarão nos próximos dias a portos italianos, informou neste domingo a Guarda Costeira do país.
Na operação de resgate que começou neste sábado (23) e terminou durante a madrugada, também participaram barcos da Marinha italiana e navios de outros três países - Irlanda, Noruega e Reino Unido -, que integram as operações europeias de resgate aos imigrantes, chamada missão Triton.
A Europa está com dificuldades para lidar com um fluxo recorde de refugiados à medida que pessoas fogem da guerra em países como a Síria.
Os imigrantes viajam a bordo de botes infláveis e barcos superlotados, disse a guarda costeira.
O Mediterrâneo tornou-se o ponto de passagem mais mortal do mundo para os imigrantes. Mais de 2.300 pessoas morreram este ano na tentativa de chegar à Europa de barco, de acordo com a Organização Internacional para as Migrações.
Por enquanto, as autoridades não informaram sobre os demais imigrantes e suas condições de saúde. Em breve, também será decidido em que porto todos eles irão desembarcar.
Está previsto que hoje chegue à província de Vibo Valentia, na região da Calábria, no sul do país, um barco dos Médicos Sem Fronteiras com 311 imigrantes resgatados nos últimos dias, entre eles sete mulheres, um bebe de poucas semanas de vida e outras 20 crianças não acompanhadas.