A Austrália pediu nesta segunda-feira (31) a participação de países europeus nos ataques aéreos contra o grupo autoproclamado Estado Islâmico na Síria e no Iraque, para ajudar a resolver a crise dos migrantes que atinge a Europa.
A ministra dos Negócios Estrangeiros, Julie Bishop, atribuiu ao grupo jihadista a causa da partida de milhares de migrantes para a Europa e disse que, por isso, é necessário ampliar a coligação internacional.
"Mais de 40% dos que procuram asilo na Europa são procedentes da Síria. Devemos formar uma frente unida para desmantelar os grupos terroristas que provocaram tantos deslocados", afirmou Julie.
Desde o fim do verão de 2014, uma coligação liderada pelos Estados Unidos faz ataques nas áreas onde estão instalados jihadistas na Síria e Iraque.
Segundo a ministra, cerca de 60 países apoiam de alguma maneira a coligação dirigida pelos Estados Unidos. "Mas alguns países podem fazer mais em termos de ataques aéreos. Eles têm se revelado eficazes para impedir o Estado Islâmico de ganhar terreno e impor violência tão bárbara".
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Em entrevista publicada pelo The Australian, a ministra afirmou que os vizinhos da Síria e do Iraque e o Líbano, entre outros, sofrem a maior parte do fardo representado por milhões de pessoas que chegam ao seu território e partem em seguida para a Europa. "É por isso que eu penso que os europeus devem envolver-se nos ataques da coligação e nos esforços na Síria e no Iraque".
Apenas alguns países europeus, como a França e a Grã-Bretanha, participam dos ataques aéreos contra posições no Iraque.