ATAQUE

Estado Islâmico destrói torres funerárias em Palmira

Eles exploraram três das torres funerárias, as que estavam mais bem conservadas.

Da ABr
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Publicado em 04/09/2015 às 9:49
Foto: Imagem Youssef Badawi/EPA/Agência Lusa
Eles exploraram três das torres funerárias, as que estavam mais bem conservadas. - FOTO: Foto: Imagem Youssef Badawi/EPA/Agência Lusa
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O grupo extremista Estado Islâmico explodiu pelo menos três das famosas torres funerárias de Palmira, no chamado Vale dos Túmulos, no deserto sírio, anunciou nesta sexta-feira (4) o diretor de Antiguidades e Museus do Ministério da Cultura sírio, Maamun Abdulkarim.

"Eles exploraram três das torres funerárias, aquelas que estavam mais bem conservadas, as mais belas", disse Abdulkarim, depois de a organização ter destruído, nas duas últimas semanas, dois dos mais importantes templos de Palmira.

"Recebemos informações há dez dias, mas só agora conseguimos confirmá-las por meio de imagens por satélite da Syrian Heritage Initiative, um instituto com sede nos Estados Unidos. As imagens foram obtidas na quarta-feira (2)",  informou o diretor.

Para Abdulkarim, os monumentos destruídos são os túmulos de Elahbel, Jamblique e Khitôt,  construídos por famílias da antiga Palmira e que eram um símbolo do desenvolvimento econômico da cidade durante os primeiros séculos depois de Cristo. "Palmira é conhecida pelas torres funerárias, que são características da arquitetura da cidade", lembrou.

O Estado Islâmico, que aproveitou a guerra civil para ocupar grandes áreas da Síria, derrotou as forças governamentais e conquistou Palmira, que fica a 205 quilômetros a leste de Damasco.

Em 23 de agosto, os jihadistas destruíram com explosivos o templo de Baal-shamin em Palmira. Alguns dias antes, executaram o ex-responsável pelo património da cidade Khaled Al Assaad, de 82 anos.

No domingo (30), a organização destruiu o templo de Bel, "o mais belo símbolo de toda a Síria", de acordo com Abdulkarim.

A "pérola do deserto", como é chamada a cidade com mais de 2 mil anos, tem importância estratégica para o grupo radical.

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