Três astronautas a bordo de uma nave espacial russa Soyuz chegaram nesta sexta-feira (4) à Estação Espacial Internacional (ISS) após uma espera incomumente longa de 48 horas no espaço, anunciou a agência russa Roskosmos.
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A presença de fragmentos espaciais obrigou a ISS a mudar sua órbita e altura, o que prolongou a viagem dos astronautas, quando normalmente bastam apenas seis horas para a Soyuz chegar à Estação.
"Às 10h39 hora de Moscou (04h39 de Brasília), a nave Soyuz TMA-18M se acoplou com êxito à ISS", ou seja, quase na hora prevista, anunciou a Roskosmos em um comunicado.
O dinamarquês Andreas Mogensen, o russo Serguei Volkov e o cazaque Aidin Aimbetov se somam no laboratório orbital a seis membros da tripulação já a bordo. É a primeira vez desde 2013 em que nove pessoas coabitam na ISS.
Andreas Mogensen e Aidin Aimbetov ficarão apenas oito dias na ISS, e seu retorno está previsto para o dia 12 de setembro em companhia do veterano russo Guennadi Padalka, que já está a bordo e se converteu em junho no homem que passou mais tempo no espaço.
Ao retornar à Terra, Padalka terá passado no total 878 dias no espaço, ou seja, dois anos e quatro meses em cinco voos espaciais.
Por sua vez, Serguei Volkov voltará em março de 2016, ao mesmo tempo em que o russo Mikhail Kornienko e o astronauta americano Scott Kelly. Ambos terão permanecido 342 dias a bordo da ISS, o maior período ininterrupto na estação desde que ela se tornou capaz de acolher passageiros.
A Rússia fornece à ISS seu principal módulo, onde se situam os motores-foguetes, e as naves russas Soyuz são o único meio de levar e repatriar tripulação da estação, depois que os Estados Unidos colocaram fim ao seu serviço.