A Dinamarca colocou anúncios em quatro jornais no Líbano para advertir potenciais imigrantes e requerentes de asilo de que as autoridades de Copenhague endureceram as condições de permanência no território dinamarquês. “A Dinamarca decidiu endurecer as regras que são aplicadas aos refugiados”, diz a campanha publicada por três diários em língua árabe e um em inglês.
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Os anúncios também informam que os apoios sociais para os novos migrantes foram reduzidos “até 50%” e que o reagrupamento familiar não é autorizado durante o primeiro ano para os titulares de uma autorização de residência temporária. A campanha alerta ainda que, para ficar na Dinamarca, é preciso falar e compreender dinamarquês e que os que não tiverem autorização serão repatriados.
Em Copenhague, a ministra responsável pela pasta da Imigração e da Integração, Inger Stojberg, membro da ala à direita do partido liberal Venstre, justificou que a campanha “visa a informar objetivamente e com sobriedade” as regras dinamarquesas. “Considerando as chegadas na Europa, há boas razões para endurecer as regras e informar sobre isso”, escreveu a ministra no Facebook.
Uma porta-voz do Ministério da Imigração e da Integração dinamarquês desmentiu informações de que cinco jornais da Turquia recusaram publicar a campanha de Copenhague. A Dinamarca recebeu cerca de 15 mil pedidos de asilo em 2014, quase o dobro dos registrados no ano passado.
Na semana passada, o governo da Hungria já tinha anunciado que ia lançar uma “campanha de informação” nos países de origem e trânsito dos refugiados no Oriente Médio para explicar que Budapeste endureceu as leis contra a travessia ilegal da fronteira húngara e o tráfico humano.
Segundo comunicado do governo húngaro, o objetivo é avisar que a Hungria “vai punir com toda a severidade legal todos os migrantes que entrem no país de forma ilegal”. A campanha é assinada pela agência de publicidade J. Walter Thompson (com sede em Nova York) e terá cartazes em vias públicas dos países de origem dos refugiados, afirmou ainda o governo de Budapeste. A campanha também prevê folhetos de informação e uma página na internet.
A maioria dos migrantes que tem chegado nas últimas semanas ao território húngaro é procedente da Síria, do Afeganistão e Iraque, enquanto os principais países de trânsito para chegar a Hungria são a Sérvia, Macedônia e Grécia. A nova legislação anti-imigração húngara entrará em vigor no próximo dia 15 de setembro e prevê, entre outros aspetos, que a imigração ilegal seja passível de punição com prisão de até três anos.