O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou nesta terça-feira (8) que determinou o fechamento de mais uma área de fronteira com a Colômbia e o envio de 3 mil soldados das Forças Armadas Nacionais Bolivarianas para reforçar a segurança.
"Decidi decretar o estado de exceção, para proteger o povo, nos municípios de Guajira, Mara e Almirante Padilla", disse Maduro, durante um Conselho de Ministros, transmitido pela televisão estatal venezuelana.
Com a medida, o fechamento, que até agora está em vigor em dez municípios do estado de Táchira (Sudoeste do país), estende-se ao estado vizinho de Zúlia, a Oeste, abrangendo a passagem de Paraguachón (a oito quilômetros de Maicao, no Norte da Colômbia), considerado um dos mais importantes corredores fronteiriços.
"Decidi, para construir uma nova fronteira, determinar o fechamento da passagem fronteiriça de Paraguachón, no estado de Zúlia", disse Maduro, lembrando que a medida insere-se na luta contra "criminosos, paramilitares e contrabandistas".
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Nicolás Maduro pediu uma reunião com o presidente colombiano, Juan Manuel Santos, para tratar da questão da fronteira e disse que decidiu aceitar a mediação do Brasil e da Argentina sobre a crise na região. Ele informou que a Venezuela convocará uma conferência internacional sobre direitos humanos para tratar da migração na fronteira com a Colômbia.
No dia 24 de agosto, as autoridades venezuelanas decretaram estado de emergência em seis municípios que fazem fronteira com a Colômbia, para o combate a grupos paramilitares, ao narcotráfico e ao contrabando. O decreto presidencial suspendeu por 60 dias, prorrogáveis, as garantias constitucionais nos municípios de Bolívar, Pedro María Ureña, Junín, Capacho Nuevo, Capacho Viejo e Rafael Urdaneta, do estado de Táchira.
A Venezuela fechou também as fronteiras dos municípios Lobatera, Ayacucho, Garcia de Hevia e Panamericano, também no estado de Táchira, a sudoeste de Caracas, ao mesmo tempo em que reforçou a presença militar na área.
Desde o fechamento da fronteira, segundo uma missão das Nações Unidas, mais de 1.100 colombianos foram repatriados e mais de 10 mil abandonaram a Venezuela voluntariamente. A decisão tem preocupado organismos internacionais, como a União de Nações Sul-Americanas e a União Europeia.