Arqueólogos de Harvard e Oxford uniram forças para tentar preservar monumentos históricos sob ameaça de destruição pelo grupo terrorista Estado Islâmico.
É o projeto Million Image Database (Banco de dados de um milhão de imagens), que vai distribuir em zonas de guerra 5 mil câmeras que captam imagens em 3D. A agenda do projeto foi apressada após a destruição do templo Baalshamin na cidade síria de Palmira, no final do mês passado.
Desenvolvido pelo Instituto de Arqueologia Digital da Universidade de Oxford, a campanha tem investimento de US$ 3,07 milhões. As câmeras circularão pelo Iraque, Líbano, Irã, Iêmen e Turquia.
De fácil manuseio, os equipamentos poderão ser utilizados por pessoas que trabalhem em museus ou mesmo moradores de cidades que contenham monumentos históricos.
Após fotografar as obras, os voluntários deverão submeter as imagens ao banco de dados do projeto, que até o final do ano que vem espera ter um milhão de registros. A ideia é que, se houver danos às obras originais, elas possam ser replicadas por meio de impressoras 3D, utilizando as imagens como referência.
A Unesco irá ajudar na distribuição das câmeras, o maior desafio da campanha.
Em entrevista à rádio britânica BBC Radio 4, o diretor executivo do projeto, Roger Michel, afirmou que é uma "corrida contra o tempo", e que a arqueologia digital é a melhor esperança para a preservação da arquitetura e da história da arte dos locais ameaçados pelo Estado Islâmico.
"Em todo o Oriente Médio, eles prezam tanto pela história e identidade local que estão dispostos a nos ajudar", declarou.