Vladimir Putin defendeu nesta terça-feira (15) sua estratégia de apoio ao regime do presidente sírio Bashar al-Assad em resposta às acusações de Washington em relação a uma mobilização recente de material militar e de soldados russos no norte da Síria.
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Além disso, o chefe de Estado russo considerou que a maioria dos migrantes sírios que tentam chegar à Europa fogem de grupos radicais, principalmente do Estado Islâmico, e não dos bombardeios do exército sírio, e disse que se a Rússia deixar de dar seu apoio a Assad, o fluxo de refugiados será ainda maior.
"Nós apoiamos o governo sírio em sua luta contra a agressão terrorista, havíamos proposto e continuaremos oferecendo uma ajuda militar técnica", declarou Putin em Dusambé, referindo-se aos contratos de entrega de armamento assinados com Damasco, que tem na Rússia um de seus principais aliados.
Há vários dias, Washington acusa a Rússia de reforçar sua presença militar na Síria, particularmente em Latakia (noroeste), um dos redutos do regime.
"Se a Rússia não apoiar a Síria, a situação neste país seria ainda pior que na Líbia e o fluxo de refugiados seria ainda mais importante", afirmou Putin no âmbito de uma cúpula da Organização do Tratado de Segurança Coletiva (OTSCE), que reagrupa várias ex-repúblicas soviéticas em Dussambe, Tadjiquistão.