DISCURSO

Líder iraniano denuncia infiltração política e cultural dos EUA no Irã

"O inimigo significa a opressão mundial e seu símbolo perfeito, os Estados Unidos", afirmou Ali Khamenei

Da AFP
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Publicado em 16/09/2015 às 12:47
Foto: KHAMENEI.IR / AFP
"O inimigo significa a opressão mundial e seu símbolo perfeito, os Estados Unidos", afirmou Ali Khamenei - FOTO: Foto: KHAMENEI.IR / AFP
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O guia supremo iraniano, o aiatolá Ali Khamenei, denunciou nesta quarta-feira (16) a infiltração política e cultural dos Estados Unidos durante um discurso diante de comandantes e guardiões da revolução, o exército de elite do regime islâmico.

"A infiltração econômica e em temas de segurança é perigosa, mas a infiltração política e cultural é ainda mais", declarou o líder iraniano, segundo seu site.

"O inimigo significa a opressão mundial e seu símbolo perfeito, os Estados Unidos", afirmou.

Khamenei destacou que os guardiões da revolução têm um papel na defesa do regime islâmico e na luta contra a "tentativa de infiltração do inimigo".

"O objetivo do inimigo é que o povo iraniano abandone seu ideal revolucionário e perca sua potência", acrescentou o líder supremo.

"Querem que o povo e o regime durmam e dentro de dez anos, quando, por exemplo, eu não estiver mais aqui, cumpram seus objetivos, mas o povo e os responsáveis não permitirão isso", acrescentou.

O guia supremo iraniano, de 76 anos, tem a última palavra nos grandes assuntos do país e costuma denunciar os Estados Unidos.

Na semana passada já havia declarado que não havia nenhuma outra negociação com os Estados Unidos além das nucleares.

O Irã e as potências do grupo 5+1 (Estados Unidos, França, Reino Unido, Rússia, China e Alemanha) fecharam no dia 14 de julho um acordo histórico sobre o programa nuclear iraniano.

Este acordo busca garantir o caráter pacífico do programa nuclear iraniano com restrições por ao menos dez anos em troca do levantamento progressivo das sanções econômicas internacionais.

Irã e Estados Unidos não têm relações diplomáticas desde 1980, mas graças às negociações nucleares iniciaram uma tímida normalização. 

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