Pelo menos 150 pessoas morreram nesta quinta-feira (18) na explosão de um caminhão-tanque, durante uma tentativa de recuperar o combustível, em uma localidade situada 300 km ao oeste da capital do Sudão do Sul, Juba, anunciaram as autoridades locais nesta sexta-feira (18).
O primeiro balanço anunciado nas horas posteriores à catástrofe mencionava 85 mortos e mais de 100 feridos, mas John Ezkia, funcionário do governo local, afirmou à imprensa que muitos feridos não resistiram às queimaduras e o número de mortos subiu para pelo menos 150.
Mas o secretário do governo local de Maridi, John Saki, afirmou ao jornal Gurtong que o balanço pode chegar a 176 mortos.
Os médicos descreveram a dificuldade para tratar os ferimentos graves por conta da falta de material, incluindo uma escassez de analgésicos.
Saki disse que quase mil pessoas correram em direção ao caminhão-tanque para recuperar o combustível após um acidente, muitas delas procedentes de uma escola.
"Então aconteceu uma primeira explosão que deixou 55 mortos em um primeiro momento. Agora o número chegou a 176 pessoas e muitas continuam em condições críticas no hospital de Maridi", declarou Saki.
Os vazamentos de combustível e os acidentes de caminhões-tanque geralmente atraem multidões com o objetivo de recuperar um pouco do material, o que muitas vezes provoca mortes.
O Sudão do Sul vive uma crise econômica agravada por mais de 21 meses de guerra civil, que provocou uma inflação galopante e o aumento do preço dos produtos básicos, incluindo alimentos e combustível.
A violência provocou dezenas de milhares de mortes e empobreceu ainda mais o país, dividido por conflitos étnicos.