Os "chefes do corpo do exército nacional" de Burkina Faso pediram nesta segunda-feira (21) que os golpistas deponham as armas, em um comunicado, num momento em que tropas se dirigiam à capital, Uagadugu.
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"Todas as forças armadas nacionais convergem a Uagadugu com o único objetivo de desarmar o Regime de Segurança Presidencial (RSP, guarda presidencial) sem que sangue seja derramado", indica o comunicado.
"Pedimos que deponham as armas", acrescentam.
O RSP é a unidade de elite que realizou um golpe de Estado na semana passada, depondo o presidente de transição do país, Michel Kafando.
O RSP, unidade de elite com 1.300 efetivos, tomou o poder acusando as autoridades de distorcer o período de transição ao excluir das eleições previstas para outubro os partidários do ex-presidente Blaise Compaoré, deposto, por sua vez, no ano passado.
Burkina Faso, país africano com 17 milhões de habitantes, encravado no coração da região do Sahel, viveu desde sua independência, em 1960, muitos golpes de Estado militares.