O presidente americano, Barack Obama, pressionou os países europeus, nesta terça-feira (22), para que aceitem sua "cota justa" de refugiados, depois que a União Europeia alcançou, a contragosto, um acordo para tentar conter a crise migratória.
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Após uma conversa de Obama por telefone com a chanceler alemã, Angela Merkel, a Casa Branca disse que "os dois líderes concordaram sobre a necessidade de uma solução que abarque toda a Europa, na qual todos os países-membros aceitem sua cota justa de refugiados".
O comunicado parece ser uma advertência à Hungria, à República Tcheca, à Romênia e à Eslováquia, que se opuseram ao acordo para receber e distribuir 120.000 refugiados dentro da União Europeia, nos próximos dois anos.
O primeiro-ministro eslovaco, Robert Fico, insistiu em que não aceitará imposições de Bruxelas, ou seja, a obrigatoriedade de que cada país do bloco aceite uma determinada quantidade de refugiados chegados da Grécia, ou da Itália.
Assim como os europeus, Obama também enfrenta acusações de que Washington não fez o suficiente para ajudar na crise, apesar de ser o maior doador humanitário na região.
Com milhões de sírios em acampamentos de refugiados do Oriente Médio, milhares atravessando a Europa a pé e centenas morrendo nas praias europeias, os Estados Unidos prometeram aceitar em seu território apenas 10.000 refugiados em 2016. No ano fiscal que terminou em setembro de 2015, a maior economia mundial recebeu 70.000 refugiados.
A Alemanha estima em algo em torno de 800.000 a um milhão o número de solicitantes de asilo que receberá em 2015.