O presidente da Volkswagen, Martin Winterkorn, anunciou nesta quarta-feira (23) sua renúncia em função do escândalo dos motores diesel adulterados para manipular os controles de poluição.
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"Estou consternado pelos acontecimentos dos últimos dias. Estou chocado com o fato de que condutas impróprias tenha ocorrido em tal escala dentro Grupo Volkswagen", indicou Winterkorn em um comunicado.
Seu substituto será escolhido na sexta-feira (25), segundo o Conselho de Fiscalização.
A Volkswagen admitiu na terça-feira (22) ter equipado 11 milhões de carros em todo o mundo com um software de manipulação de dados de emissões de poluentes.
Desta maneira, em dois dias, a desvalorização dos papéis da maior montadora do mundo chegou a 35% em relação a sexta-feira, quando estourou o escândalo.
O caso foi descoberto nos Estados Unidos, que na terça também anunciou a abertura de uma investigação penal.
Os softwares fraudulentos detectados em modelos das marcas VW e Audi nos Estados Unidos podem estar presentes em outras filiais, que conta com marcas como Seat, Skoda e Porsche.
A Volkswagen anunciou também que gastará 6,5 bilhões de euros no terceiro trimestre do ano para enfrentar as primeiras consequências do caso. Isso levará a empresa a ajustar suas metas de lucro para 2015.
Winterkorn declarou "sentir muito pela falta cometida pelo grupo".
A princípio, na sexta-feira (18), a Volkswagen prolongaria o mandato de Winterkorn até o final de 2018, mas analistas questionavam se essa decisão será mantida após o escândalo.
A justiça alemã abriu uma investigação preliminar ligada às acusações de manipulação das emissões de veículos, segundo um comunicado na promotoria de Brunswick (norte).
Em um primeiro momento, serão recolhidas e examinadas todas as informações e estudadas todas as denúncias apresentadas.