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Papa Francisco faz missa na Filadélfia, nos EUA, e defende liberdade religiosa

o papa esteve na cidade que é o berço da independência americana para defender a liberdade religiosa

Da Folhapress
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Publicado em 26/09/2015 às 16:30
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O papa Francisco realizou neste sábado (26) missa para cerca de 1.600 fiéis na Filadélfia, terceira e última parada de sua viagem aos Estados Unidos. Antes, o pontífice passou por Washington e Nova York.

Um dia após seu discurso na ONU, em Nova York, o papa esteve na cidade que é o berço da independência americana para defender a liberdade religiosa e pedir que a igreja valorize mais as mulheres.

A missa foi realizada na Basílica de São Pedro e Paulo da Filadélfia e, durante a homilia, Francisco afirmou que o futuro da Igreja Católica nos EUA exige um papel muito mais ativo dos católicos.

O papa criticou a perseguição a cristãos e a outras minorias religiosas no Oriente Médio. Ele também destacou o papel das mulheres. "Isso significa valorizar a imensa contribuição que a mulher fez e continua a fazer para a vida de nossas comunidades", afirmou.

Após a missa, o pontífice deve ir ao Independence Hall, edifício do século 18 onde os dois documentos que deram origem aos EUA, a Declaração de Independência e a Constituição, foram instituídos. Ele discursará para hispânicos e outros imigrantes sobre liberdade religiosa.

O evento une duas das questões que mais preocupam o papa: as dificuldades sofridas pelos imigrantes que buscam uma vida melhor para si e suas famílias e a liberdade de culto religioso. O papa criticou a perseguição a cristãos e a outras minorias religiosas no Oriente Médio.

O papa também vai participar do Encontro Mundial de Famílias, que deve reunir mais de 18 mil pessoas do mundo todo. Francisco encerra seu sexto dia de sua viagem aos EUA neste domingo (27), com uma missa em frente ao edifício neoclássico do Museu de Arte da Filadélfia, para a qual são esperadas 1,5 milhão de pessoas. Em seguida, volta para o Vaticano.

Na sexta-feira, em discurso na Assembleia Geral da ONU, o papa destacou que os cristãos e outros grupos no Oriente Médio "tem sido forçados a testemunhar a destruição de seus locais de culto, sua herança cultural e religiosa e suas casas e propriedades", sendo obrigados a fugir para não enfrentar a morte ou a escravidão.

O papa também denunciou em seu discurso "uma sede egoísta e sem limites por poder e prosperidade material" no mundo, o que leva a um mau uso dos recursos naturais e a exclusão dos "fracos e desfavorecidos".

Francisco também fez na quinta-feira o primeiro pronunciamento de um pontífice no Congresso dos Estados Unidos. Ele pediu a abolição da pena de morte, condenou o fundamentalismo religioso e voltou a defender os imigrantes.

"Toda vida é sagrada, toda pessoa humana é dotada de dignidade inalienável, e a sociedade só pode se beneficiar da reabilitação daqueles condenados por crimes", disse Francisco, que fez um apelo direto aos congressistas americanos contra a pena capital.

Embora não seja inédito, o pronunciamento do papa em um parlamento não é um acontecimento corriqueiro. Só dois pontífices já haviam feito o mesmo, João Paulo 2º e Bento 16.

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