Cuba

Raúl Castro na ONU: há um 'longo' caminho para normalização com EUA

Um dos pontos são o fim "das transmissões de rádio e TV de programas de subversão e desestabilização contra a Ilha"

Da AFP
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Publicado em 28/09/2015 às 19:32
Foto: ESTUDIOS REVOLUCION / AFP
Um dos pontos são o fim "das transmissões de rádio e TV de programas de subversão e desestabilização contra a Ilha" - FOTO: Foto: ESTUDIOS REVOLUCION / AFP
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O presidente cubano, Raul Castro, destacou nesta segunda-feira (28), em discurso na Assembleia Geral das Nações Unidas, a aproximação entre seu país e os Estados Unidos, mas advertiu que ainda há um "longo caminho" a percorrer, que terminará apenas com o fim do embargo.

"Após 56 anos de heroica e abnegada resistência do nosso povo, foram restabelecidas as relações diplomáticas entre Cuba e Estados Unidos", assinalou Castro diante do plenário das Nações Unidas, em Nova York.

Raul previu "um longo e complexo processo até a normalização das relações" entre Havana e Washington, que se alcançará apenas sob certas condições, como "o fim do bloqueio econômico, comercial e financeiro" e "a devolução a Cuba do território ocupado ilegalmente pela base naval de Guantánamo".

Outros pontos são o fim "das transmissões de rádio e TV de programas de subversão e desestabilização contra a Ilha", e a compensação pelos "danos econômicos que Cuba ainda sofre".

"Enquanto persistir isto, continuaremos apresentando o projeto de resolução intitulado 'Necessidade de acabar com o bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos da América a Cuba'".

Raul Castro realizou ainda uma enérgica defesa de vários governos latino-americanos, como o de Dilma Rousseff e de seus colegas de Venezuela, Nicolás Maduro, Equador, Rafael Correa, e Argentina, Cristina Kirchner.

O líder cubano citou ainda a crise de refugiados na Europa, uma "consequência direta da desestabilização" provocada pela Otan no Oriente Médio e África do Norte.

"A União Europeia deve assumir suas responsabilidades com a crise humanitária".

Finalmente, se referiu ao aquecimento global, que "coloca em risco a existência da espécie humana", pelo qual os Estados "devem assumir iniciativas comuns", apesar das responsabilidades diferentes.

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