O presidente da Síria, Bashar Assad, saudou a decisão da Rússia de enviar tropas para o seu país, dizendo que o apoio militar de Moscou é resultado de uma requisição de Damasco.
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A declaração ocorreu ao mesmo tempo que aviões miliares russos realizaram ataques na Síria pela primeira vez. Um oficial da defesa dos EUA disse à Associated Press que os ataques aéreos foram realizados próximo de Homs - província da Síria que faz divisa com o Líbano, a Jordânia e o Iraque.
Parlamentares da Rússia votaram unanimemente na manhã desta quarta-feira (30) uma autorização para o presidente Putin enviar tropas à Síria. O Kremlin, no entanto, procurou minimizar a decisão, dizendo que vai apenas usar força aérea no país do Oriente Médio e não vai enviar forças terrestres.
De acordo com um comunicado do gabinete de Assad, o líder sírio enviou uma carta para o seu homólogo russo, pedindo ajuda na luta contra os rebeldes.
A Rússia tem sido um dos maiores aliados de Assad desde que a crise síria começou, em março de 2011. A guerra civil matou mais de 250 mil pessoas e feriu um milhão, de acordo com dados da ONU
Internamente, ativistas sírios disseram que os ataques aéreos à província de Homs e Hama mataram e feriram dezenas de pessoas nesta quarta-feira.
Um grupo ativista conhecido como Comitê de Coordenação Local alegou que os aviões que realizaram os ataques aéreos eram russos. Porta-vozes da organização disseram que as explosões eram muito mais poderosas que as realizadas por aviões de guerra do governo.