ACORDO

Em Assembleia Geral da ONU, Coreia do Norte pede tratado de paz

As tensões aumentaram na península coreana em agosto, depois de tiros na fronteira

Da ABr
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Publicado em 02/10/2015 às 7:40
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As tensões aumentaram na península coreana em agosto, depois de tiros na fronteira - FOTO: Foto: AFP
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O ministro dos Negócios Estrangeiros da Coreia do Norte afirmou nas Nações Unidas que um tratado de paz era urgentemente necessário para evitar a repetição do impasse militar registado na Ásia há dois meses. As tensões aumentaram na península coreana em agosto, depois de tiros na fronteira.

“Tendo atravessado o incidente de agosto que fez o Nordeste da Ásia e o mundo inteiro conter a respiração em ansiedade, tornou-se hoje uma questão crucial substituir o acordo de armistício com um tratado de paz sem mais demora", disse nessa quinta-feira o ministro dos negócios estrangeiros, Ri Su Yong, na Assembleia Geral da ONU.

Ri Su Yong disse que a substituição do acordo 1950-1953 por um tratado de paz permanente "exige a corajosa decisão dos Estados Unidos antes de todos" e acrescentou que a Coreia do Norte estava pronta para iniciar conversas.

A Coreia do Norte coloca o ônus sobre Washington para fazer um gesto para iniciar o diálogo. Washington, por sua vez, afirma que qualquer diálogo com Pyongyang terá de incluir discussões sobre o programa nuclear e os direitos humanos.

O ministro também criticou as Nações Unidas por “meras contagens que podem ser abusadas pelos Estados Unidos”, depois de uma comissão de inquérito da ONU ter concluído que o regime de Pyongyang cometia generalizados abusos contra os direitos humanos.

A Guerra da Coreia (1950-1953) resultou em um acordo temporário de paz em vez de um tratado, o que significa que as duas Coreias continuam tecnicamente em guerra.

Ri Su Yong também se reuniu com o secretário-geral da ONU, o sul-coreano Ban Ki-moon e antigo ministro dos Negócios Estrangeiros.

Ban Ki-moon disse que as Nações Unidas estavam prontas para ajudar a facilitar o diálogo.

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