Duas pessoas feridas a facadas e por disparos na Cidade Velha de Jerusalém morreram neste sábado, e o palestino que as atacou foi abatido pela polícia. Uma terceira pessoa, uma mulher de 20 anos, também ficou gravemente ferida no ataque, com um menino de 2 anos ferido levemente na perna. A identidade e nacionalidade das vítimas não foram divulgadas. A Jihad Islâmica, segunda força islamita nos Territórios Palestinos, anunciou que o autor da agressão que neste sábado deixou dois mortos em Jerusalém fazia parte do grupo. Um alto líder da organização islamita disse à AFP, sob a condição de anonimato, que o agressor, "Mohannad Shafik Halabi, 19 anos, é um membro da Jihad Islâmica". Em um comunicado, o movimento saudou o ataque como uma "resposta aos crimes terroristas" de Israel contra os palestinos.
Mais cedo, 10 palestinos ficaram feridos na ação do Exército israelense, que prosseguia com sua busca aos assassinos de um casal de colonos na Cisjordânia ocupada. Os militares dispararam balas de borracha quando vários palestinos jogaram pedras para protestar contra a operação do Exército. Na véspera, centenas de soldados israelenses iniciaram a busca às pessoas que mataram o casal de colonos na presença de seus quatro filhos na Cisjordânia ocupada.
Inúmeros incidentes ocorreram neste território palestino ocupado pelo Estado de Israel, onde reina a tensão desde a morte do casal, perto de Nablus (norte da Cisjordânia). A polícia palestina informou que os colonos atiraram pedras contra veículos palestinos e queimaram dezenas de oliveiras. Também foram registrados choques entre palestinos e forças israelenses perto de Jerusalém Oriental e em Hebron, no sul da Cisjordânia.
Eitam e Naama Henkin, de cerca de 30 anos e moradores do assentamento de Neriah, perto de Ramallah (centro da Cisjordânia), foram mortos a tiros quando circulavam à noite, com os quatro filhos, entre as colônias de Itamar e Eilon More, segundo o Exército. As quatro crianças, com idades entre 4 meses e 9 anos, foram encontradas ilesas na parte de trás do veículo.
O porta-voz do Exército, Arye Shalicar, assegurou que as forças de segurança estavam realizando uma "busca intensiva" no terreno e realizando um importante trabalho de inteligência. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, criticou o presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas. "Devo dizer que, até agora, não ouvi nenhuma condenação do presidente Abbas, nem da Autoridade Palestina. Pior: há altos líderes de seu movimento, o Fatah, que elogiam a ação", disse o chefe de governo israelense.