Os trabalhos sobre o neutrino coroados na terça-feira (6) com o Nobel de Física são um passo "para uma melhor compreensão das leis fundamentais que regem" o universo e os mecanismos da fusão, afirmou Arthur McDonald, um dos vencedores, junto com o japonês Takaaki Kajita.
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"As ciências físicas podem ir mais além dos modelos tradicionais" e os trabalhos sobre o neutrino, partícula elemental da matéria, "têm um impacto significativo na compreensão da evolução do universo", explicou o cientista à rede pública CBC.
No aspecto prático, as pesquisas permitiram compreender as reações da fusão no nível do sol e validar cálculos dessas reações que "de alguma maneira nos ajudam a realizar a fusão na terra como fonte de energia", explicou McDonald.
Aos 72 anos, Arthur McDoland estimou que o anúncio de seu Nobel recompensou anos de trabalho. "Começamos em 1984 com 16 pessoas e trabalhamos assim durante muitos anos, com o apoio extraordinário do Canadá para fazer algo realmente pouco comum", conta o pesquisador.
McDonald, professor aposentado da universidade de Queen em Kingston (no estado de Ontario), "continua envolvido em trabalhos de pesquisa" na faculdade de Física e dirige desde 1989 o observatório do neutrino em Sudbury.