ATAQUES

Em reunião, ministros de Defesa da Otan condenam ações da Rússia na Síria

"A Rússia não é construtiva, não é confiável e não é cooperativa", disse Jeanine Hennis Plasschaert, o ministro de Defesa da Holanda

Do Estadão Conteúdo
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Publicado em 08/10/2015 às 10:38
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"A Rússia não é construtiva, não é confiável e não é cooperativa", disse Jeanine Hennis Plasschaert, o ministro de Defesa da Holanda - FOTO: Foto: LEON NEAL / AFP
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Os ministros de Defesa da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) iniciou nesta quinta-feira (8) uma reunião de um dia destinada a discutir a escalada das atividades russas da Síria, mas com pouca clareza no que a organização pode fazer para reduzir as tensões. Diversos ministros condenaram a ação da Rússia na Síria.

"A Rússia não é construtiva, não é confiável e não é cooperativa", disse Jeanine Hennis Plasschaert, o ministro de Defesa da Holanda.

Autoridades da Otan disseram repetidas vezes que, apesar de reivindicações russas que o alvo dos ataques são os militantes do Estado Islâmico, muitos de seus ataques têm atingido os rebeldes lutando contra o regime de Bashar al-Assad. Autoridades dizem que a abordagem só vai aumentar o caos no país.

"É importante para a Rússia aceitar que se eles lutarem contra aqueles que estão lutando contra o Estado Islâmico, eles irão reforçar o terrorismo e isso não pode ser do interesse da Rússia ou de nosso interesse", disse a ministra de Defesa da Alemanha, Ursula von der Leyen.

No entanto, não ficou claro se, além de linguagem dura, os membros da Otan tentariam dissuadir o apoio russo para o regime de Assad.

"O que estamos vendo é um forte aumento da presença militar da Rússia na Síria", disse o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg. "Temos visto ataques aéreos, ataques de mísseis a partir de navios, incursões em espaço aéreo turco. Todos estes são motivos de preocupação", acrescentou.

O secretário de Defesa do Reino Unido, Michael Fallon, disse que era crítico para a aliança olhar para o que pode ser feito para acalmar a crise na Síria e disse que a pressão deve ser mantida na Rússia para usar sua influência para parar o regime de Assad de atacar seu próprio povo.

"A Rússia está tornando a situação muito grave na Síria e muito mais perigosa", disse Fallon.

Ontem, os navios de guerra russos dispararam mísseis no primeiro ataque combinado, aéreo e terrestre, com tropas do governo sírio, desde que Moscou iniciou a sua campanha militar no país na semana passada.

Por enquanto, a Otan está pressionando por mais contatos entre os militares e coordenação para tentar evitar qualquer conflito entre os aviões da Rússia e os da coalizão liderada pelos Estados Unidos. Na reunião, a aliança também deve abordar medidas para reforçar as fronteiras da Turquia com a Síria, segundo informações oficiais. 

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