O ministro do Interior alemão, Thomas de Maizière, disse nesta sexta-feira (9) que em 2015 já ocorreram 490 ataques xenófobos contra centros de acolhimento para refugiados no país e alertou para um crescente aumento destas ações.
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Em declarações a periódicos do grupo alemão Finke, o ministro disse estar preocupado pelo “radical aumento de agressões xenófobas contra os requerentes de asilo”, e sublinhou que dois terços dos suspeitos destes ataques são “cidadãos da região, que até ao momento não tinham cometido qualquer delito”.
Já o ministro da Justiça, Heiko Mass, considerou os dados um “amargo balanço”. “Este aumento é uma vergonha para o nosso país. Qualquer agressão xenófoba contra um albergue de refugiados é um ataque aos nossos valores fundamentais”, disse o ministro, antes de garantir que “não vai ceder terreno aos organizadores e autores reais destes atos".
“Todas as leis do Estado de direito devem ser aplicadas com toda a dureza contra quem comete um delito, contra quem ataca refugiados e voluntários”, advertiu.
O ministro do Interior sublinhou que os autores destes ataques, que incluem agressões físicas, tentativas de assassinato e incêndios provocados, devem entender que cometem “crimes inaceitáveis”. “É uma vergonha para a Alemanha”, reforçou Mass.
Na quinta-feira (8), durante uma visita a um centro de acolhimento em Passau, Sul da Alemanha, o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, considerou que a crise dos refugiados vai se prolongar “durante anos” e disse que não alimenta “qualquer ilusão” sobre o assunto.
“Devemos dizer às pessoas que não é uma crise passageira, provisória, e que devemos viver durante muito tempo com este problema”, disse.