Pelo menos quatro ataques, três realizados por palestinos e outro por um israelense, além de confrontos mortíferos na região da fronteira da Faixa de Gaza, ameaçavam piorar de vez as tensões em Israel. As autoridades do país tentavam, nesse contexto, controlar a violência.
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Vários ataques de palestinos contra civis e soldados israelenses ocorreram nesta semana, em sua maioria cometidos por jovens palestinos que esfaquearam pessoas nas ruas aparentemente aleatoriamente, o que dificulta o trabalho de prevenção. Um palestino usou um descascador de vegetais como arma para ferir um israelense de 14 anos em Jerusalém, nesta sexta-feira, enquanto uma mulher árabe-israelense foi baleada enquanto tentava esfaquear pessoas em uma estação de ônibus no norte de Israel, segundo a polícia.
Dois membros de uma minoria israelense e dois palestinos foram feridos a facadas por um homem israelense em Dimona, disse uma porta-voz da polícia. O autor dos ataques disse que agiu em retaliação aos vários ataques de palestinos contra israelenses nesta semana, segundo a imprensa local. O prefeito de Dimona, Beni Bitton, disse que o agressor era "um homem mentalmente doente". O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, condenou o ataque contra árabes inocentes.
O Ministério da Saúde da Faixa de Gaza informou que três pessoas foram mortas e mais de dez se feriram em confrontos com soldados israelense em Gaza. Militares israelenses disseram que cerca de 200 palestinos em Gaza avançaram na direção de soldados na fronteira, lançaram pedras e queimaram pneus. Segundo os militares, os principais instigadores dos distúrbios foram atacados, para que recuassem.
A fronteira entre Israel e Gaza estava em geral tranquila desde a guerra do ano passado entre o grupo militante islâmico Hamas, que controla Gaza, e Israel. Vários foguetes têm sido lançados, porém, recentemente do território israelense.
O líder do Hamas, Ismail Haniyeh, elogiou os recentes ataques de palestinos em Israel. Nesta sexta-feira (9), ele pediu uma nova Intifada, ou levante dos palestinos contra a dominação israelense.
Em Jerusalém, as forças de segurança se preparavam para mais distúrbios, proibindo que jovens palestinos entrassem na área da mesquita de Al-Aqsa, a fim de tentar controlar a situação. Os distúrbios na área começaram há três semanas, com os palestinos fazendo barricadas dentro da mesquita e lançando pedras e bombas caseiras contra a polícia. O levante foi impulsionado pelas alegações de palestinos de que Israel planejaria permitir que israelenses rezassem na área, sagrada tanto para judeus quanto para muçulmanos. O governo de Israel negou ter essa intenção e acusou lideranças palestinas de incitar a violência.