MIGRANTES

Trump considera política de Merkel sobre refugiados 'insensata'

Está previsto que a Alemanha receba entre 800 mil e 1 milhão de refugiados neste ano, e Merkel afirma que seu país tem a capacidade de acolhê-los

Da AFP
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Publicado em 11/10/2015 às 19:29
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Está previsto que a Alemanha receba entre 800 mil e 1 milhão de refugiados neste ano, e Merkel afirma que seu país tem a capacidade de acolhê-los - FOTO: Foto: FREDERIC J BROWN / AFP
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Donald Trump, favorito das primárias republicanas às eleições presidenciais americanas, declarou neste domingo (11) à rede CBS que o que a chanceler alemã, Angela Merkel, está fazendo a favor dos refugiados é "insensato".

"Não gosto das migrações. Não gosto das pessoas que vem (...) Vai haver distúrbios na Alemanha. O que ela (Angela Merkel) tem feito na Alemanha é insensato", declarou Trump.

O magnata, que já fez declarações polêmicas contra os imigrantes mexicanos nos Estados Unidos, disse ser "sem dúvida" favorável a receber 10 mil refugiados em seu país.

Mas "200.000 pessoas?! Seria um enorme cavalo de Troia (...) se houver algumas pessoas do grupo Estado Islâmico (EI)" - declarou.

Está previsto que a Alemanha receba entre 800 mil e 1 milhão de refugiados neste ano, e Merkel afirma que seu país tem a capacidade de acolhê-los.

Contudo, Donald Trump propõe, como alternativa, a criação de uma zona de exclusão aérea no norte da Síria para os refugiados. Os países do Golfo teriam que "agarrar um grande pedaço da Síria e criar uma zona segura para as populações".

O candidato afirmou também que se "poderia ter usado" a força contra o presidente sírio, Bashar Al-Assad, quando utilizou armas químicas, e completou "que provavelmente (poderá) se entender bem com (o presidente russo) Vladimir Putin", porque "Obama não gosta dele".

"Enquanto (Putin) atacar o EI, sou a favor "dos bombardeios russos na Síria", completou.

O milionário também mencionou, na mesma entrevista, a questão das armas. Neste sentido, afirmou que anda armado "às vezes" e sugeriu aos americanos que façam o mesmo em caso de tiroteio.

"Me sinto muito melhor quando estou armado", explicou.

"Se todo mundo nesta sala" da universidade do Oregon (noroeste), onde um homem de 26 anos matou no último 1º de outubro nove pessoas antes de se suicidar, "tivesse uma arma, o resultado poderia ter sido melhor".


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