CRISE MIGRATÓRIA

Presidente da Croácia defende barreiras para impedir entrada de refugiados

Cerca de 173 mil refugiados entraram na Croácia desde meados de setembro

Da ABr
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Publicado em 14/10/2015 às 8:48
Foto: Parker Song/Pool/AFP
Cerca de 173 mil refugiados entraram na Croácia desde meados de setembro - FOTO: Foto: Parker Song/Pool/AFP
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A presidente da Croácia, Kolinda Grabar-Kitarovic, defende a construção de barreiras na fronteira que impeçam a entrada ilegal de refugiados, informa o diário Jutarnji list na edição desta quarta-feira (14).

“Julgo que, no futuro, será necessário algum muro ou um obstáculo físico”, afirmou a chefe de Estado, que também se opôs às cotas de distribuição decididas na União Europeia, rejeitadas também por outros países do Centro e Leste da Europa, como a Hungria e Eslováquia.

“Estou de acordo que as cotas não são a solução”, disse Kolinda, em oposição ao governo de centro-esquerda croata, que aceitou a medida.

Grabar-Kitarovic defendeu a posição da Hungria, criticada pelo governo de Zagreb, a sua atitude repressiva em relação aos refugiados e a construção de barreiras e muros nas fronteiras com a Sérvia e a Croácia para controlar a chegada.

“A proteção das fronteiras é um direito de cada Estado”, comentou.

A presidente destacou que, segundo os dados da Organização das Nações Unidas, existem 60 milhões de refugiados no mundo e assegurou que “nem a Croácia nem a UE podem absorver tudo isso”.

A Croácia promove em 8 de novembro eleições legislativas. As pesquisas mostram votação muito próxima entre os blocos liderados pelos sociais-democratas do SPD e os conservadores da União Democrática Croata (HDZ), ao qual pertence a chefe de Estado.

Cerca de 173 mil refugiados entraram na Croácia desde meados de setembro, quando a rota dos Balcãs utilizada pelas pessoas provenientes do Oriente Médio e da Ásia se desviou para o país devido ao “muro de proteção” construído pela Hungria na fronteira com a Sérvia.

Parte considerável dos refugiados está sendo encaminhada pelas autoridades croatas em direção à Hungria. Em seguida, eles cruzam a Áustria em direção à Alemanha, onde a maioria pretende pedir asilo.

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