Leia Também
A Eslovênia, que enfrenta a chegada de milhares de migrantes, autorizou seu Exército a patrulhar a fronteira na madrugada desta quarta-feira (21), e pediu ajuda financeira da União Europeia.
Em uma sessão extraordinária que terminou na madrugada desta quarta, o Parlamento esloveno aprovou - por 66 votos a 5 - ampliar a lei sobre as atribuições do Exército.
Com a decisão, os soldados poderão ajudar a polícia nos 670 km da fronteira com a Croácia, por onde chegam os migrantes, a maioria sírios, afegãos e iraquianos que fogem dos conflitos em seus países.
A partir de agora, os militares estão autorizados a auxiliar a polícia no patrulhamento, gestão, detenção e redirecionamento de civis nas zonas de fronteira.
Até o momento, o Exército esloveno só podia dar apoio técnico e logístico à polícia.
O governo da Eslovênia, um pequeno país dos Bálcãs membro da UE, afirma que cerca de 19.500 migrantes entraram em seu território desde sábado, e pede apoio financeiro da UE diante da pior crise migratória em 70 anos.
Após a Hungria fechar sua fronteira com a Croácia, os migrantes estão passando agora por este pequeno país, de apenas dois milhões de habitantes, em direção à Áustria.
"O fluxo de migrantes destes três últimos dias supera todas as nossas capacidades", alertou na terça-feira o governo esloveno.
"Pediremos ajuda da União Europeia para equipar a polícia, unidades da polícia de outros países membros e uma assistência financeira", anunciou o primeiro-ministro esloveno, Miro Cerar.
O comissário europeu de Migração, o grego Dimitris Avramopoulos, viajará à Eslovênia na quinta-feira para analisar a questão.
