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O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou nesta quinta-feira (22) que os frequentes ataques que têm ocorrido em Israel há um mês estão sendo conduzidos por autoridades palestinas. "Não há dúvida que esta onda de ataques está sendo conduzida diretamente pelo incentivo do Hamas, pelo movimento islâmico em Israel e, eu lamento dizer, pelo líder palestino, Mahmoud Abbas", disse Netanyahu durante seu encontro com o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, em Berlim, na Alemanha
Kerry condenou os ataques e pediu um fim a todos os atos de instigação e toda a violência. Enquanto o encontro acontecia, dois palestinos vestindo camisas com slogans associados com o braço armado do Hamas (al-Qassem) atacaram um civil israelense, na cidade de Ramat Gan. Um morreu no local e o outro permanece em estado grave.
Netanyahu e Kerry estão reunidos em Berlim para discutir possíveis soluções para acabar com a onda de violência. "A violência tem que acabar para não ocasionar um conflito maior", disse Kerry. O secretário de Estado dos EUA também planeja viajar para o Oriente Médio neste fim de semana para conversar com o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas.
"Eu acho que é hora de a comunidade internacional dizer claramente ao presidente Abbas para parar de espalhar mentiras sobre Israel", disse o primeiro-ministro. "Mentiras que Israel quer mudar o status quo no Monte do Templo, que Israel quer derrubar a Mesquita de Al-Aqsa, que Israel está executando palestinos. Tudo isso é falso", acrescentou.
Netanyahu disse que Israel está empenhado em manter o status quo no Monte do Templo, o local mais sagrado do judaísmo e o lar dos templos bíblicos. Para os muçulmanos, é conhecido como o Nobre Santuário, lar da Mesquita de Al-Aqsa, o terceiro lugar mais sagrado no Islã e um símbolo nacional chave para os palestinos. O local, capturado por Israel da Jordânia em 1967 durante a guerra no Oriente Médio, é um ponto de inflamação frequente de violência.
Os palestinos acusam Israel de tentar mudar o status quo do local, que permite os judeus visitarem o local, mas não para orar. Eles apontam para um crescente número de visitantes judeus que procuram uma presença judaica ampliada e direitos de oração no local.