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Os restos mortais de parte das vítimas do acidente aéreo da Metrojet chegaram na madrugada desta segunda-feira (2) a São Petersburgo, na Rússia, onde serão identificados por uma equipe forense.
Segundo a agência Tass, ao menos 144 corpos, de um total de 224 vítimas, foram repatriados.
O governo russo enviou ao Egito cerca de cem especialistas em situações de emergência e em aviação para análise do local do acidente. Também a França e a Alemanha colaboram com autoridades egípcias nas investigações. Em uma coletiva de imprensa nesta segunda (2), representantes da Metrojet rejeitaram a hipótese de que uma falha técnica tenha causado o acidente.
No domingo (1º), foi revelado que o Airbus A321 despedaçou-se durante o voo, em elevada altitude, espalhando destroços sobre uma região de cerca de 20 quilômetros quadrados.
A desintegração de um avião, em altitude de cruzeiro, é rara se não for associada a algum outro evento - explosão, por exemplo. As caixas pretas de dados e de voz, que podem solucionar as causas do acidente, ainda estão sendo analisadas.
O ACIDENTE
A aeronave, um Airbus A-321 operado pela companhia Kogalymavia (conhecida como MetroJet) voava de um resort na cidade de Sharm el-Sheikh, próxima ao mar Vermelho, para São Petersburgo, quando caiu em uma área montanhosa da península de Sinai, ao sul da cidade de Alarixe.
O avião decolou às 5h51 no horário do Cairo (1h51 no horário de Brasília), com boa condição climática, e sumiu dos radares após 23 minutos, quando voava a 9.400 metros de altura.
Por motivo de segurança, as companhias europeias Air France e Lufthansa desviaram temporariamente todos os voos que sobrevoam a península do Sinai. Apenas as aeronaves que vão para cidades da região deverão passar por lá.