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O grupo extremista Estado Islâmico insistiu nesta quarta-feira (4) que provocou a queda do avião russo, no sábado (30), no Sinai (Egito), mas recusou-se a dar detalhes do incidente. Numa mensagem de áudio divulgada em sites extremistas, o grupo jihadista afirmou que divulgará detalhes do ataque quando achar conveniente e desafiou aqueles que duvidam do ataque a demonstrar o que aconteceu.
“Não temos qualquer obrigação de explicar como caiu. Levem os destroços e procurem, levem as caixa preta e analisem-nas e, depois, digam-nos o resultado da investigação”, afirmou uma voz masculina na gravação. “Provem que não o abatemos e como se despenhou. Daremos pormenores sobre como caiu no momento que escolhermos”, acrescentou.
O grupo extremista indicou que o abate do avião ocorreu no 17º dia do mês Muharram do calendário lunar islâmico, primeiro aniversário da declaração de lealdade dos jihadistas egípcios ao Estado Islâmico.
A filial egípcia do grupo extremista já tinha reivindicado no sábado (31) o abate do avião, que caiu com 224 pessoas a bordo, mas especialistas manifestaram dúvidas quanto à possibilidade de, àquela altitude, a aeronave ter sido atingida por um míssil disparado do solo.
A investigação das causas do acidente, que provocou a morte a todos os ocupantes do avião, deverá demorar algum tempo. A análise das duas caixas pretas do aparelho, um Airbus A321 da companhia russa MetroJet, foi iniciada nessa terça (3) no Cairo.