Líderes pró-independência da Catalunha prometeram não desistir dos pedidos de independência mesmo com o bloqueio, por parte do Tribunal Constitucional (TC) da Espanha, da moção de separação da província, rejeitada nesta quarta-feira (11) por unanimidade.
"A vontade do povo catalão não pode ser ignorada. Estamos comprometidos com seguir nosso mandato democrático", afirmou Oriol Junqueras, líder de um dos partidos pró-independência da Catalunha.
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O parlamento regional catalão passou nesta semana uma resolução que estabeleceria uma nova república até 2017 em uma das regiões mais industrializadas e populosas da Espanha.
"Esse é um aviso às autoridades da Catalunha de que, se não cumprirem a suspensão [do processo de independência], cometerão uma desobediência", diz a decisão da corte, baseada em Madri.
A tensão pela separação da província, que responde por um quinto da atividade econômica espanhola, vem escalando desde as últimas eleições regionais, em setembro.
Durante a campanha, os líderes eleitos prometeram ignorar as restrições impostas pelo Tribunal Constitucional e os pedidos de "unidade nacional" do primeiro-ministro, o conservador Mariano Rajoy.
Rajoy já afirmou que não vai permitir a secessão da província. "Não é apenas uma reação a uma moção passada no parlamento regional, é defender todo um país", disse. "Isso é um claro desrespeito às instituições. Estão tentando ignorar a democracia. Não vou permitir isso".
Legisladores catalães debatem a reeleição do presidente regional Artur Mas, que lidera uma aliança para a independência, mas não conseguiu compor maioria no parlamento provincial. Uma nova votação acontece nesta quinta-feira (12).
