A polícia da França identificou o francês Omar Ismail Mostefai, de 29 anos, como um dos sete suspeitos dos ataques que mataram ao menos 129 pessoas em Paris na sexta-feira (13) e deixaram cerca de 300 feridos.
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Segundo a polícia, Mostefai foi identificado pela digital de um dedo decepado que foi encontrado na casa de shows Bataclan, onde o atirador matou 89 pessoas antes de detonar os explosivos que estavam em seu corpo. A polícia francesa disse que ainda não identificou os outros suspeitos.
Quase dois dias após os ataques em Paris, as autoridades francesas começaram a montar o cenário dos atos coordenados.
Um dos suspeitos entrou recentemente na Europa como um imigrante sírio, disseram pessoas familiarizadas com o assunto, sugerindo falhas na segurança do continente em meio a maior crise de refugiados em décadas.
Os investigadores franceses ligaram os restos mortais de um dos terroristas suicidas que detonou os explosivos perto do estádio nacional Stade de France a um passaporte sírio que foi usado para entrar na Europa e pedir asilo, segundo fontes familiarizadas ao assunto.
Autoridades gregas disseram que o titular do passaporte encontrado no estádio perto de Paris havia sido registrado como refugiado na ilha de Leros em 03 de outubro.
O promotor François Molins disse no sábado que o grupo terrorista era composto por sete membros, e não oito como seu escritório havia dito na sexta-feira. Ele confirmou que um passaporte sírio foi encontrado perto de um dos terroristas, mas não confirmou se era dele, pois não estava autorizado a dar detalhes da investigação.
Na tarde de sábado, a polícia deteve o irmão e o pai do francês para interrogatório. Sob as regras antiterrorismo da França, eles podem ser mantidos em custódia por 96 horas antes de os promotores apresentarem queixa ou libertá-los.
Os investigadores franceses estão trabalhando com os investigadores da Bélgica, depois de descobrir que um carro usado no ataque no Bataclan foi alugado por um residente nacional francês na Bélgica, disse Molins.