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O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse nesta terça-feira (17) que ordenou que o cruzador de mísseis Moskva, atualmente no Mediterrâneo, comece a cooperar com o Exército francês nas operações na Síria.
A declaração de Putin foi feita enquanto o ministro de Defesa russo, Serguei Shoigu, afirmou que aviões de guerra do país dispararam mísseis de cruzeiro em posições militantes nas províncias sírias de Idlib e Aleppo.
A facção extremista Estado Islâmico (EI) tem posições na província de Aleppo, enquanto em Idlib há a presença do grupo militante Al-Nusra, vinculado à Al-Qaeda.
Horas antes do anúncio, a Rússia reconheceu que uma bomba terrorista foi responsável pela queda, em 31 de outubro, de um avião russo com 224 pessoas a bordo. O EI disse ser responsável pela queda da aeronave.
A queda do avião e os ataques em Paris claramente aumentaram a determinação russa para combater o EI, embora continuem as preocupações no Ocidente de que os ataques aéreos de Moscou também têm como alvo rebeldes que se opõem ao ditador Bashar Assad e que não são afiliados a grupos radicais.
Putin afirmou que uma força-tarefa de um porta-aviões abordará em breve o Moskva e que o cruzador "cooperará com eles e com aliados".
Shoigu também afirmou que bombardeiros russos atingiram posições do EI em Raqqa e Der-ez-Zor.
O presidente francês, François Hollande, viajará para Washington e Moscow no fim deste mês para discutir formas de aumentar a cooperação internacional para esmagar o EI e pôr um fim na crise síria.
De acordo com um comunicado do gabinete presidencial, Hollande se reunirá com o Barack Obama em 24 de novembro e com Putin em 26 de novembro.