As autoridades policiais da França estenderam até o fim deste mês a proibição a manifestações de rua em Paris, citando preocupações com a segurança, que têm mantido a capital e o país em alerta máximo desde os atentados terroristas do último dia 13. O anúncio, feito neste sábado (21) pelo departamento de polícia de Paris, lembrou a "extrema gravidade" dos ataques, que deixaram 130 mortos e levaram o governo a declarar estado de emergência em toda a França.
Ele também observou a necessidade de proteger mais de 100 chefes de Estado que devem chegar a Paris para a conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre o clima, a partir do dia 28. A polícia já havia proibido manifestações planejadas por grupos de cidadãos durante o encontro de duas semanas. A proibição geral de manifestações estava para espirar neste domingo (22) à noite. Ela está em vigor em Paris desde os ataques.
A polícia, no entanto, tolerou agrupamentos espontâneos ao longo da semana do lado de fora de restaurantes, cafés e de uma sala de concertos alvejada pelos atacantes. Para marcar uma semana desde os atentados, alguns parisienses acenderam velas e fizeram vigílias tranquilas nesta sexta-feira (20) à noite. Outros cantaram e dançaram, desafiando os terroristas, na Place de la Republique, coração do bairro onde dezenas de pessoas foram mortas.
O anúncio deste sábado informou que a polícia está exigindo que todos os principais locais de concertos em Paris reforcem suas medidas de segurança.
Desde que o governo declarou estado de emergência na sequência dos ataques, a polícia realizou centenas de operações, deteve dezenas de pessoas e apreendeu arsenais em casas particulares, incluindo ao menos 18 armas de guerra.
Na sexta-feira, o parlamento da França votou pela prorrogação do estado de emergência por três meses, a partir 26 de novembro, e ampliação do seu escopo. A legislação aumentou os poderes das autoridades para deter suspeitos, desmantelar associações e bloquear sites.