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Dilma e Kerry felicitam Argentina e dizem querer trabalhar com Macri

Em uma breve conversa por telefone de cerca de 5 minutos, Dilma felicitou Macri, que "se mostrou muito feliz com o telefonema"

Da AFP
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Publicado em 23/11/2015 às 18:40
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Em uma breve conversa por telefone de cerca de 5 minutos, Dilma felicitou Macri, que "se mostrou muito feliz com o telefonema" - FOTO: Foto: Fotos Públicas
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A presidente Dilma Rousseff convidou o presidente recém-eleito da Argentina, Mauricio Macri, a visitar o Brasil, enquanto o secretário de Estado americano, John Kerry, parabenizou o país, nesta segunda-feira, manifestando sua confiança no aprofundamento das relações bilaterais.

Macri foi eleito presidente, em uma apertada vitória que pôs fim a mais de 12 anos de hegemonia peronista. Com 99,17% das urnas apuradas, Macri obteve 51,40% dos votos, contra 48,40% do candidato da situação, Daniel Scioli.

Em uma breve conversa por telefone de cerca de 5 minutos, Dilma felicitou Macri, que "se mostrou muito feliz com o telefonema" e "se comprometeu a tentar conciliar as agendas para vir o quanto antes (ao Brasil)", disse à AFP uma assessora de imprensa do Palácio do Planalto.

Brasil e Argentina, as duas maiores economias sul-americanas, são associados ao Mercosul - também integrado por Venezuela, Paraguai e Uruguai - e mantêm uma estreita relação que é, com frequência, motivo de disputas comerciais.

Dilma Rousseff reconheceu publicamente sua amizade com a presidente argentina em final de mandato, Cristina Kirchner, que viu seu candidato, Daniel Scioli, ser derrotado ontem. Durante a campanha, o próprio Scioli foi a Brasília para receber o apoio explícito de Dilma. Já o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi a Buenos Aires para manifestar seu apoio.

Em nota oficial, o secretário de Estado americano, John Kerry, avaliou que o resultado de domingo "reflete os firmes valores democráticos da Argentina" e também felicitou "o povo da Argentina e o presidente eleito Macri".

Segundo ele, Estados Unidos e Argentina são "associados de longa data, e esperamos poder trabalhar junto com o presidente eleito Macri e com seu governo".

Essa associação bilateral pode beneficiar "a segurança regional e a prosperidade", assim como "a melhora do desenvolvimento humano e dos direitos humanos, tanto em nosso continente, quanto no restante do mundo".

O engenheiro Macri, de 56 anos, governará a Argentina por quatro anos. Nos dois primeiros anos, será forçado a estabelecer alianças no Congresso, já que o bloco governista, ligado a Cristina Kirchner, tem maioria absoluta no Senado e é a primeira força na Câmara dos Deputados.

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