CONFLITO

Rússia está pronta para ''formar Estado-Maior comum'', diz embaixador

Obama alertou, no entanto, que as forças norte-americanas só podem trabalhar com a Rússia se concentrarem os seus bombardeios na Síria

Da ABr
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Publicado em 25/11/2015 às 7:47
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Obama alertou, no entanto, que as forças norte-americanas só podem trabalhar com a Rússia se concentrarem os seus bombardeios na Síria - FOTO: Foto: AFP
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A Rússia está pronta a “formar um Estado-Maior comum” contra o grupo Estado Islâmico, incluindo a França, os Estados Unidos e a Turquia, apesar da tensão entre Ancara e Moscou, afirmou nesta quarta (25) o embaixador russo em Paris, Alexander Orlov.

“Estamos prontos para todas as formas de planejamento conjunto sobre as posições do Daech (nome árabe do Estado islâmico) e para constituir um Estado-Maior comum com a França, com a América e com todos os países que quiserem entrar nessa coligação”, disse Orlov à Rádio francesa Europe1, acrescentando que se os turcos quiserem “também são bem-vindos”.

Segundo o embaixador, apesar da crescente tensão depois de a Turquia ter derrubado um avião militar russo nessa terça-feira, se os turcos quiserem poderão entrar na coligação.

Após as conversações na Casa Branca entre os presidente François Hollande e Barack Obama na terça-feira, o presidente dos Estados Unidos disse que seria “extremamente útil” se a Rússia trabalhasse em parceria com o seu país e outros para pôr fim à guerra na Síria.

Obama alertou, no entanto, que as forças norte-americanas só podem trabalhar com a Rússia se concentrarem os seus bombardeios na Síria, nos jihadistas do Estado Islâmico e não em outros grupos rebeldes que se opõem ao aliado de Moscou, o presidente sírio, Bashar Al Assad.

Até que não haja uma “mudança estratégica” por parte de Vladimir Putin, a cooperação será “muito difícil”, acrescentou Obama.

O presidente francês, François Hollande, amplia nesta semana os contatos de alto nível, devendo reunir-se com Putin amanhã (26), para tentar formar uma “grande coligação” contra o Estado Islâmico, grupo que reivindicou os ataques de 13 de novembro em Paris, que deixaram 130 mortos e 350 feridos.

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