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Mali anuncia detenção de dois suspeitos de atentado contra hotel

Especialistas franceses e da ONU colaboram na investigação do ataque contra o hotel de Bamako e na busca dos cúmplices dos agressores.

Da AFP
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Publicado em 26/11/2015 às 15:40
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Especialistas franceses e da ONU colaboram na investigação do ataque contra o hotel de Bamako e na busca dos cúmplices dos agressores. - FOTO: Foto: AFP
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Dois suspeitos relacionados ao atentado contra o hotel Radisson em Bamako, em 20 de novembro,  foram detidos nesta quinta-feira (26) por forças especiais do Mali, informaram à AFP fontes dos serviços de segurança.

"Dois suspeitos relacionados ao atentado da semana passada (...) acabam de ser presos, estão sendo interrogados agora", afirmou uma fonte de segurança, que informou que as detenções ocorreram na capital. Outra fonte informou que as detenções foram possíveis graças a "um telefone que falou".

Especialistas franceses e da ONU colaboram na investigação do ataque contra o hotel de Bamako e na busca dos cúmplices dos agressores.

Três países vizinhos, Senegal, Mauritânia e Guiné, se associaram ao luto em memória das 19 vítimas do ataque reivindicado por dois grupos jihadistas diferentes.

A investigação segue por várias pistas sem quaisquer certezas sobre a nacionalidade dos autores do ataque.

Na recepção do hotel os investigadores encontraram uma mala com granadas que foi abandonada pelos criminosos, segundo o procurador.

O Radisson Blu foi atacado por homens armados que tomaram quase 170 pessoas como reféns, entre clientes e funcionários.

As forças de segurança do Mali, apoiadas por forças especiais francesas, americanas e oficiais da Minusma, libertaram os reféns.

O ataque terminou com 21 mortos: 18 clientes, sendo 14 estrangeiros, um policial malinês e os dois criminosos, segundo o governo.

A Minusma contabilizou 22 mortos, incluindo dois jihadistas.

O ataque foi reivindicado pelo grupo jihadista Al-Murabitun, liderado pelo argelino Mokhtar Belmokhtar, com a participação da Al-Qaeda no Magreb Islâmico (AQMI).

O Al-Murabitun afirmou que a ação foi executada por duas pessoas, dando a entender que eram naturais do Mali.

A reivindicação em árabe, divulgada pelo canal de televisão Al-Jazeera, os identificou como Abdelhakim al-Ansari e Moez al-Ansari.

"Al-Ansari" é usado na terminologia jihadista para designar os combatentes autóctones.

Outro grupo jihadista, a Frente de Libertação de Macina (FLM), implantado no centro dp país, também reivindicou o atentado.

"A Frente de Libertação de Macina (FLM) reivindica o ataque contra o (hotel) Radisson em Bamako com a colaboração do Ansar Dine", afirma um comunicado, que cita um grupo jihadista do nordeste do país.

O texto é assinado por Ali Hamma, porta-voz do FLM, um grupo criado no início do ano e liderado pelo pregador radical Amadou Koufa.

O FLM indicou que o ataque foi cometido por um comando de cinco homens: dois morreram e três sobreviveram à ação.

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