CONFLITO

Kremlin diz que ocidentais não estão dispostos a aceitar Moscou em coalizão única na Síria

Declaração aconteceu um dia depois da visita a Moscou do presidente francês François Hollande

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Publicado em 27/11/2015 às 10:44
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Declaração aconteceu um dia depois da visita a Moscou do presidente francês François Hollande - FOTO: Foto: AFP
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Os países ocidentais envolvidos no conflito sírio não estão dispostos a unir-se em uma coalizão única com a Rússia contra o grupo Estado Islâmico (EI), afirmou o Kremlin nesta sexta-feira (27), um dia depois da visita a Moscou do presidente francês François Hollande.

"Infelizmente nossos sócios não estão atualmente dispostos a trabalhar dentro do formato de uma coalizão única", declarou à imprensa o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.

"Ontem, o presidente (russo Vladimir) Putin destacou que, a apesar disto, estamos dispostos a cooperar em qualquer formato para que nossos sócios estejam preparados", completou.

Putin fala desde o fim de junho de uma "coalizão ampla" que envolva todas as forças que lutam contra os jihadistas do EI, ideia que Hollande também estimula desde os atentados de 13 de novembro em Paris.

O presidente francês viajou na quinta-feira a Moscou para abordar a questão com Putin, depois de uma reunião com o presidente americano Barack Obama e com os sócios europeus.

O encontro, de 90 minutos, não permitiu um avanço do projeto de "coalizão ampla" por divergências persistentes sobre o destino do presidente Bashar al-Assad e a participação do exército sírio na luta contra o Estado Islâmico.

Os dois países concordaram, no entanto, em "coordenar" os ataques aéreos na Síria contra o EI, que apontam em primeiro lugar contra o transporte de produtos petroleiros.

A Rússia iniciou em 30 de setembro uma campanha de bombardeios aéreos em apoio às forças de Damasco, enquanto os Estados Unidos lideram há mais de um ano uma coalizão de países ocidentais e árabes destinada a eliminar o EI, até agora sem grande êxito.

O projeto de coalizão única na Síria também se vê prejudicado pela grave crise nas relações entre Moscou e Ancara depois que a Turquia derrubou um caça russo perto da fronteira síria.

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