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Grécia realiza nesta quinta-feira (3) uma nova greve geral, a segunda em um mês, contra uma importante reforma do governo no sistema de aposentadoria, acertada em julho com seus credores. Os transportes e os serviços públicos se viram afetados e são esperadas grandes manifestações nas principais cidades do país. No centro de Atenas, o sindicato comunista Pame convocou uma manifestação, assim como os outros principais sindicatos do país, o GSEE (setor privado) e o Adedy (setor público).
No início de novembro, o primeiro-ministro de esquerda radical Alexis Tsipras enfrentou a primeira greve geral desde que chegou ao poder em janeiro. O movimento, de 24 horas, denunciou em particular o aumento dos impostos e o projeto de reforma do sistema previdenciário.
A greve acontece no momento em que os representantes dos principais credores do país - União Europeia, FMI, Banco Central Europeu (BCE) e Fundo Europeu de Estabilidade - inspecionam o cumprimento das reformas prometidas pela Grécia em julho.
Em troca, o país recebeu um resgate de 86 bilhões de euros, valor que será pago em três anos.
Tsipras, que chegou ao poder como líder do partido Syriza com um programa antiausteridade, renunciou em agosto, mas foi reeleito em setembro com uma maioria à margem da ala mais radical de seu partido, que critica sua mudança de política.
Agora o primeiro-ministro enfrenta novas pressões para aprovar outras medidas impopulares, sob pena de não receber a próxima parcela do resgate, de dois bilhões de euros.