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Cérebro de atentados de Paris tinha vínculos no Reino Unido

Abaaoud morreu em uma operação policial cinco dias após os ataques de 13 de novembro

Da AFP
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Publicado em 05/12/2015 às 10:40
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Abaaoud morreu em uma operação policial cinco dias após os ataques de 13 de novembro - FOTO: Foto: AFP
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Várias pessoas suspeitas de estar vinculadas ao suposto cérebro dos atentados de Paris em novembro vivem no Reino Unido, afirmam o Wall Street Journal e o Guardian.

"Várias pessoas suspeitas de ter vínculos com Abdelhamid Abaaoud (...) estão radicadas no Reino Unido", escreveu na sexta-feira (4) o jornal americano citando como fonte funcionários ocidentais anônimos.

Abaaoud morreu em uma operação policial cinco dias após os ataques de 13 de novembro, junto a sua prima e a uma terceira pessoa que ainda não foi identificada, segundo as autoridades francesas.

O Wall Street Journal acrescenta que "estas pessoas, algumas de origem marroquina", como o próprio Abaaoud, "vivem na região de Birmingham", no centro da Inglaterra.

Além disso, "ao menos uma pessoa vinculada aos ataques" de Paris "teria viajado ao Reino Unido antes" dos mesmos, nos quais 130 pessoas morreram.

O Guardian, que cita neste sábado responsáveis da luta antiterrorista sob anonimato, é mais preciso e afirma que um dos autores dos atentados viajou anteriormente neste ano a Londres e Birmingham.

"Em ambas cidades se reuniu com pessoas suspeitas de ter a intenção e a capacidade de preparar ou contribuir para atividades terroristas contra o Reino Unido", escreve o jornal britânico.

O Guardian afirma que os indivíduos encontrados estão sendo investigados pelo MI5, o serviço de inteligência interior do país, e pelas unidades antiterroristas da polícia.

A polícia de West Midlands, que opera em Birmingham, afirmou neste sábado em um comunicado que está ciente destas informações transmitidas pela imprensa "sobre os autores dos ataques de Paris e um possível vínculo com pessoas ou lugares de Birmingham".

"A unidade antiterrorista da polícia de West Midlands trabalha com seus colegas de Londres, com a rede nacional de luta antiterrorista e com os serviços de segurança para ajudar nas investigações francesa e belga, e, é claro, para tratar toda ameaça terrorista vinculada ao Reino Unido", declarou Marcus Beale, chefe adjunto da polícia de West Midlands.

"A ameaça contra o Reino Unido devido ao terrorismo internacional se mantém em nível 'grave', o que significa que é considerada altamente provável a ocorrência de um ataque", acrescentou sem dar mais detalhes.

De Birmingham já surgiram outros extremistas islamitas. É o caso de Junaid Hussain, que foi identificado como um operário de alto escalão do grupo Estado Islâmico.

Estima-se que Hussain esteja por trás de uma série de ataques cibernéticos, como o dos sites do Comando Central do Exército dos Estados Unidos e suas contas no Twitter.

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