Terror

Imagens do Estado Islâmico em telefone do agressor do metrô de Londres

Investigadores também encontraram imagens de um recente exercício da polícia britânica no telefone de Muhaydin Mire

Da AFP
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Publicado em 07/12/2015 às 11:39
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Investigadores também encontraram imagens de um recente exercício da polícia britânica no telefone de Muhaydin Mire - FOTO: Foto: AFP
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O homem que feriu duas pessoas com uma faca no sábado no metrô de Londres tinha em seu telefone imagens da organização Estado Islâmico e dos atentados de Paris, informou a promotoria nesta segunda-feira.

Os investigadores também encontraram imagens de um recente exercício da polícia britânica no telefone de Muhaydin Mire, de 29 anos, que nesta segunda-feira compareceu perante um juiz de Londres acusado de tentativa de assassinato.

Foi durante esta audiência preliminar que a promotoria informou sobre a existência destas imagens no celular do acusado.

Vestido com uma camiseta cinza e uma calça esportiva, o acusado limitou-se a confirmar sua identidade, data de nascimento e endereço. Mire seguirá detido e na sexta-feira comparecerá novamente, desta vez ante a Corte criminal central, onde são julgados os grandes crimes.

Quase 48 horas após os incidentes, os investigadores do comando antiterrorista (CTC) seguiam tentando verificar se o suspeito, Muhaydin Mire, de 29 anos, agiu sozinho para cometer o que classificaram de "ato de terrorismo", e vasculharam uma casa do leste de Londres.

A agressão ocorreu na estação de metrô de Leytonstone, no leste de Londres, na linha central que cruza a capital de leste a oeste.

Duas pessoas ficaram feridas no ataque lançado ao grito de "Isto é pela Síria", segundo testemunhas citadas pela imprensa britânica, uma atitude que a polícia não quis confirmar.

O homem foi imobilizado com pistolas elétricas pela polícia, ao mesmo tempo em que uma testemunha dizia a ele "Você não é muçulmano, irmão", segundo um vídeo gravado com um telefone celular que os meios de comunicação divulgam desde sábado, e que deu lugar à hashtag "#YouAintNoMuslimBruv", a mais utilizada no domingo no Reino Unido no Twitter.

O primeiro-ministro David Cameron agradeceu nesta segunda esta testemunha por suas declarações. "Obrigado, este ato será aplaudido em todo o país", declarou, chamando o ataque de "espantoso".

O incidente foi registrado apenas três dias após o Parlamento britânico autorizar o exército a bombardear posições do grupo jihadista Estado Islâmico (EI) na Síria.

Também ocorreu menos de um mês após os atentados de Paris, reivindicados pelo EI, que deixaram 130 mortos, e três dias depois de um ataque nos Estados Unidos, classificado de ato terrorista pelo presidente Barack Obama, no qual 14 pessoas perderam a vida.

Se o seu caráter terrorista for confirmado, o ataque pode ser obra de um destes indivíduos que a polícia e os especialistas classificam de "lobos solitários". As autoridades expressaram em várias ocasiões sua crescente preocupação pela possibilidade de que agressões como esta se disseminem.

Além disso, seria o primeiro atentado no Reino Unido desde maio de 2013, quando um soldado britânico foi esfaqueado e praticamente decapitado em plena luz do dia em uma rua do sul de Londres. Os agressores se apresentaram como "soldados de Alá em guerra contra a Grã-Bretanha".

O agressor, que desembarcou nesta estação, já tinha um comportamento agressivo no metrô, disse à AFP Christina, uma dona de casa que preferiu não divulgar seu sobrenome.

A polícia pediu a todas as pessoas que presenciaram ou filmaram o ocorrido que entrem em contato com as autoridades.

O Reino Unido elevou em agosto de 2014 o nível de ameaça terrorista a severo, o segundo mais alto dos cinco níveis, o que significa que um atentado é altamente provável.

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