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Quase 10.000 pessoas a mais morreram em 2014 nos Estados Unidos pela doença de Alzheimer em comparação com 2013, um aumento significativo de 8,1%, de acordo com dados de saúde divulgados nesta quarta-feira. As autoridades mundiais de saúde haviam advertido que os casos de Alzheimer - a forma mais comum de demência - disparariam nos próximos anos com o aumento da população idosa.
Mas permanece o debate sobre se os dados mostram um aumento real nas mortes por Alzheimer ou apenas um registro melhor desta doença como causa de morte. O aumento de 8,1% foi o maior na lista das 10 principais causas de morte nos Estados Unidos, segundo o Centro Nacional de Estatísticas de Saúde.
As mortes por Alzheimer passaram de 84.767 em 2013 a 93.541 em 2014, disse um porta-voz do Centro à AFP. Segundo Marc Gordon, um pesquisador sobre Alzheimer e chefe de Neurologia no Hospital Zucker Hillside de Nova York, os dados são provenientes da informação registrada em certidões de óbito.
"Não está claro se mais gente está morrendo da doença de Alzheimer ou se a doença de Alzheimer é crescentemente reconhecida pelos clínicos como causa de morte", indicou Gordon, que não participa do estudo do Centro de Estatísticas.
Também houve um aumento nas taxas de mortes por ferimentos não intencionais (2,8%), suicídios (3,2%) e acidentes vasculares cerebrais (0,8%). As principais causas de morte, as doenças cardiovasculares, caíram 1,6%, enquanto as mortes por câncer diminuíram 1,2% e por pneumonia e gripe baixaram 5%.