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Um ex-preso de Guantánamo, que passou mais de 13 anos na ilha e se tornou o último britânico na base naval americana, disse que deseja "a verdade" sobre o papel da Grã-Bretanha na prisão, mas disse que não denunciará ninguém.
"Quero apenas que as pessoas digam a verdade, como eu estou fazendo agora", afirmou Shaker Aamer, de 46 anos, à BBC, em sua primeira entrevista depois de deixar a prisão da ilha de Cuba em outubro.
Aamer afirma que um funcionário britânico estava presente quando ele foi agredido por agentes americanos durante um interrogatório na base de Bagram, Afeganistão, depois de ser detido em 2002.
"Não quero processar ninguém. Não acredito que os tribunais vão resolver este problema", disse Aaamer, que também cidadania saudita, que era acusado de ter pertencido à Al-Qaeda, mas que nunca foi formalmente indiciado.
Em uma série de casos que ainda estão pendentes de resolução pela justiça britânica, há demandas para julgar membros dos serviços de segurança britânicos por colaborar com os americanos em um programa que permitia torturar detentos.