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A Hungria, ameaçada com sanções por parte da Áustria por sua negativa em acolher refugiados no âmbito do programa europeu, considera que Viena confunde "solidariedade e estupidez" nesta questão, declarou no domingo o ministro de Relações Exteriores, Péter Szijjártó.
"O chanceler austríaco (Werner Faymann) não vê a diferença entre solidariedade e estupidez", estimou o ministro húngaro em uma declaração à agência de notícias estatal MTI.
Para Szijjártó, "a solidariedade consiste em ajudar as pessoas que correm risco a viver perto de seus lares e a voltar a sua pátria ao término do conflito".
"A estupidez é deixar centenas de milhares de pessoas, inclusive milhões, virem à Europa sem controle, principalmente quando todos sabem atualmente - tanto europeus quanto migrantes - que não obterão o que esperam", acrescentou.
O chanceler austríaco, Werner Faymann, estimou que os países contrários ao princípio de quotas de refugiados aprovado pela União Europeia, e que recebem mais dinheiro europeu do que fornecem, podem ver alterado o componente financeiro se continuarem se negando a acolher refugiados em seu solo.
O chefe do governo austríaco reiterou no domingo esta advertência, na televisão pública da Áustria, ao demonstrar seu mal-estar sobre "a solidariedade em apenas uma direção" entre os países opostos e a UE.
O ministro alemão das Relações Exteriores, Frank-Walter Steinmeier, também ameaçou no sábado estes países com sanções jurídicas, especialmente a Hungria e a Eslováquia, que levaram ante a justiça europeia as quotas de divisão de refugiados.
No âmbito de uma realocação de 160.000 refugiados em diferentes países da UE, Eslováquia e Hungria devem receber quase 2.300 pessoas. Mas o plano europeu tem dificuldades para ser colocado em andamento e as realocações de refugiados avançam lentamente.