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A justiça belga libertou cinco pessoas detidas entre domingo e segunda-feira (21) em Bruxelas como parte da investigação pelos atentados de Paris em 13 de novembro, anunciou a Procuradoria Federal.
Três pessoas, duas delas, irmãos, foram detidas na noite de domingo. Outras duas, na manhã desta segunda-feira, em operações vinculadas às investigações pelos atentados em Paris.
"O juiz de instrução de Bruxelas (...) libertou as cinco pessoas (...)" detidas para interrogatório, anunciou na segunda-feira à tarde a procuradoria.
"A investigação continua sem descanso", acrescentou, sem dar maiores detalhes.
Dois irmãos foram detidos no domingo à noite em uma operação após uma investigação de ligações telefônicas a pedido de um juiz de instrução de casos de terrorismo, havia explicado a Procuradoria em um comunicado.
A operação aconteceu nas proximidades de Molenbeek, onde morava Salah Abdeslam, suspeito de ter participado nos atentados e que está foragido.
Uma terceira pessoa detida no domingo é "um amigo dos dois irmãos". Os três foram detidos após uma operação policial em uma área próxima à Grande Praça de Bruxelas.
A Procuradoria informou no domingo à noite que a operação estava vinculada aos atentados, mas não envolvia a busca direta de Salah Abdeslam.
Nesta segunda-feira, outra operação em Laaken, um bairro de Bruxelas, "duas pessoas foram detidas". As autoridades não divulgaram detalhes.
A polícia não encontrou armas ou explosivos nas duas operações, segundo a justiça.
No domingo, uma fonte próxima à investigação na Bélgica confirmou à AFP que Salah Abdeslam conseguiu passar por três controles da polícia na França, antes de chegar à Bélgica um dia depois dos atentados em Paris.
Salah Abdeslam, um francês de 26 anos residente no bairro Molenbeek de Bruxelas, suspeito chave dos atentados, continua foragido um mês depois do massacre. O irmão, Brahim, detonou explosivos junto ao corpo em Paris no dia 13 de novembro, diante de um bar.
No total, as autoridades belgas prenderam oito pessoas suspeitas de auxiliar os autores dos atentados em Paris, que deixaram 130 mortos e centenas de feridos.