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Pequim amanheceu nesta segunda-feira (21), mais uma vez, sob uma nuvem cinzenta, a quarta onda de poluição a atingir a cidade desde novembro e que poderá comprometer a meta das autoridades de melhoria da qualidade do ar para este ano.
A capital chinesa definiu como objetivo a redução da densidade das partículas PM 2.5 - as mais finas e suscetíveis de se infiltrar nos pulmões - em 5% ao ano.
Em 2014, a concentração foi, em média, de 86 microgramas por metro cúbico, e nos primeiros 11 meses deste ano o mesmo indicador foi fixado em 74. O máximo recomendado pela Organização Mundial da Saúde, para que o ar seja considerado saudável, é 25.
No fim de novembro, os níveis chegaram a 600 microgramas e hoje superavam os 200, segundo medição feita pela Embaixada dos Estados Unidos na cidade.
Os altos níveis de contaminação atmosférica, registrados durante o fim de semana, levaram o governo a emitir novo alerta vermelho (o mais alto), pela segunda vez desde que o sistema de cores foi criado, em 2013.
De acordo com as autoridades, a medida que estabelece que as fábricas e os estaleiros mais poluentes reduzam ou interrompam a produção contribuiu para reduzir em até 30% o nível de poluição.
"A concentração foi reduzida entre 10% e 30%, levando em consideração a possibilidade de o alerta vermelho não ter sido acionado", afirmou um representante do Centro de Monitoramento Ambiental do município de Pequim ao jornal oficial chinês China Daily.
O alerta vermelho implica ainda que os automóveis circulem alternadamente, de acordo com o último número da matrícula: um dia pares, noutro ímpares.
As creches e as escolas de ensino básico e médio são aconselhadas pelo governo a suspender as aulas e as empresas a adotar um horário de trabalho flexível.
O alerta vai durar até a meia-noite desta terça-feira (22), quando se espera que uma frente fria dissipe parte do ar poluído da cidade.