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O primeiro-ministro russo Dmitri Medvedev confirmou nesta segunda-feira (21) que a Rússia ampliará à Ucrânia o embargo aos produtos alimentícios já imposto aos países ocidentais.
O embargo começará em 1º de janeiro, data da entrada em vigor do acordo de livre comércio entre Ucrânia e União Europeia (UE). "Acabo de assinar o decreto correspondente", declarou o chefe de Governo, citado por agências russas.
A Rússia ameaçava há vários meses aplicar a medida de represália, imposta desde 2014 aos países ocidentais que adotaram sanções contra Moscou por seu envolvimento na crise ucraniana. Entre estes países estão as nações da UE.
Mas a Rússia indicou que apenas adotaria a medida no caso de fracasso das negociações que começaram há alguns meses entre Moscou, Kiev e Bruxelas sobre a aplicação do acordo de associação Ucrânia-UE.
"Na medida em que a Ucrânia tomou a decisão de aplicar (o acordo com a UE) e que não se alcançou nenhum acordo, estas medidas serão ampliadas à Ucrânia" afirmou Medvedev.
A Rússia afirma que o acordo de livre comércio entre Kiev e Bruxelas pode inundar seu mercado com produtos europeus, caso não sejam adotadas medidas de proteção comercial. A Comissão Europeia rejeita os temores de Moscou.
Medvedev afirmou nesta segunda-feira que a Rússia deve "proteger seu mercado e seus produtores e não permitir a entrada de mercadorias que chegam aparentemente da Ucrânia, mas que chegam de fato de outros países" da UE.