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Os Estados Unidos expressaram preocupação de terça-feira (29) pelo grande número de civis que já morreram "indiscriminadamente" por ataques aéreos russos na Síria.
O secretário de Estado americano, John Kerry, conversou com seu colega russo, Sergei Lavrov, na segunda-feira (28) e expressou as preocupações de Washington.
O porta-voz do Departamento de Estado, Mark Toner, citando relatos de "organizações de direitos humanos confiáveis", disse que "os ataques russos na Síria mataram centenas de civis, incluindo serviços de emergência e atingindo instalações médicas, escolas e mercados".
Toner acrescentou que entre outubro e meados de novembro mais de 130.000 sírios foram forçados a deixar suas casas, em parte por causa da intensidade dos bombardeios russos.
Moscou negou furiosamente os relatórios da Anistia Internacional, a Human Rights Whatch e de grupos de direitos humanos sírios que argumentavam que a campanha aérea em apoio ao presidente Bashar al-Assad atingindo civis.
A Rússia insiste que suas operações são direcionadas para os "terroristas" e que tem o cuidado de proteger os civis, enquanto trabalha com os Estados Unidos e as Nações Unidas para negociar um fim para a guerra.
Mas Toner disse que os Estados Unidos expressaram preocupações a Moscou sobre "estes ataques indiscriminados (...) contra infra-estruturas, instalações médicas, civis".
Kerry também lamentou a morte do líder rebelde Allush Zahran, atingido por um bombardeio do regime.
Zahran Allush era líder do Jaish al-Islam (Exército do Islã), principal grupo armado da região da capital, apoiado pela Arábia Saudita e a favor das negociações de paz.