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O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, advertiu nesta terça-feira que defenderá com "mão de ferro" a democracia e a estabilidade do país, ao citar o anúncio da oposição de que buscará tirá-lo do poder com a maioria parlamentar assumida nesta terça-feira (5).
"Vou estar aqui apoiando a defesa da democracia e a estabilidade com mão de ferro, a mim não vão fazer retroceder ou tremer. Estou muito tranquilo", disse Maduro em entrevista à TV estatal, após denunciar que a oposição tenta tirá-lo do poder por diversos caminhos.
Em suas primeiras declarações após a instalação da nova Assembleia, dominada pela oposição, Maduro disse que será "o povo" que determinará sua permanência no poder.
Segundo o presidente, o "objetivo" da oposição é tirá-lo do poder, algo que "não é novo", pois já foi tentado contra o finado presidente Hugo Chávez (1999-2012).
"Eles têm outra forma. Que convoquem um referendo revogatório e o povo decidirá", disse Maduro, advertindo que "se eles tomarem outros caminhos, também será, com a Constituição na mão, o povo a decidir.
O novo presidente da Assembleia, o opositor Henry Ramos Allup, reafirmou nesta terça-feira a proposta da oposição de promover "no prazo de seis meses" uma "mudança do governo pela via constitucional" e "a emblemática lei de anistia para os presos e exilados políticos".
"A mudança não é uma questão de calendário, não é uma coisa etária ou cronológica, mas uma questão de atitude, de mudança do sistema, de mudar o que está ruim, muito ruim, e ficará pior", disse Ramos Allup na tribuna da Assembleia.