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O sofrimento na cidade sitiada de Madaya, na Síria, “não tem comparação” com o que os trabalhadores humanitários encontraram no resto do país. A afirmação é do representante do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) Sajjad Malik, que se deslocou ao local.
“O que vimos é horrível, não havia vida. Tudo estava muito quieto. Informações confiáveis indicam que pessoas morreram de fome (…). O que vimos em Madaya não tem comparação (…) com outras partes da Síria”, disse Malik, em entrevista em Damasco.
O representante da Acnur adiantou que as crianças eram obrigadas a comer mato para sobreviver e que praticamente não tinham mais nada para se alimentarem além de água com ervas e especiarias.
Um comboio de ajuda humanitária entrou nesta terça-feira (12), pela primeira vez desde outubro, em Madaya, sitiada há seis meses pelas forças do regime sírio. Ouros comboios devem chegar nos próximos dias, disse Malik.
De acordo com as primeiras estimativas, entre 300 e 400 pessoas precisam de ajuda médica de emergência.
Foua e Kafraya, duas outras cidades sírias sitiadas pelos rebeldes também puderam ser reabastecidas hoje.