Conflito

Atentado suicida mata pelo menos 12 pessoas na República dos Camarões

Atentado foi praticado na mesquita de Kouyape, uma pequena aldeia de Kolofata

Da ABr
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Publicado em 13/01/2016 às 8:43
Foto: STRINGER / AFP
Atentado foi praticado na mesquita de Kouyape, uma pequena aldeia de Kolofata - FOTO: Foto: STRINGER / AFP
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Pelo menos 12 pessoas morreram nesta quarta-feira (13) na República dos Camarões, em um atentado suicida contra uma mesquita durante a oração da manhã, numa localidade do extremo norte, alvo regular de ataques dos extremistas nigerianos do Boko Haram, disseram fontes da segurança.

O atentado foi praticado na mesquita de Kouyape, uma pequena aldeia de Kolofata, perto da fronteira com a Nigéria, disse à agência noticiosa francesa AFP uma fonte da segurança da região.  "Onze pessoas morreram no local. Uma décima segunda morreu no hospital", acrescentou.

Outra fonte dos serviços de segurança afirmou que "13 pessoas (incluindo o terrorista suicida) morreram no atentado de Kouyape". Os fiéis muçulmanos de Kouyape estavam concentrados na pequena mesquita da aldeia quando um terrorista suicida "acionou a carga explosiva durante a oração" afirmou a fonte. "O terrorista rezou com outros fiéis", disse. 

Durante a madrugada, duas pessoas morreram na mesma localidade, num ataque atribuído ao Boko Haram, que se juntou ao grupo extremista Estado Islâmico, acrescentaram.

Depois de ter permitido, durante anos, a presença de combatentes do Boko Haram no nordeste da Nigéria, a República dos Camarões reforçou a sua presença militar ao longo da fronteira nigeriana, no âmbito da coligação regional militar (Camarões, Nigéria, Níger, Chade, Benim), que combate os islamitas.

O exército de Camarões tem realizado, desde final de novembro, em várias localidades fronteiriças, operações "de limpeza" para enfraquecer os 'jihadistas' nigerianos que permanecem ativos no nordeste da Nigéria e no extremo norte de Camarões. De acordo com a AFP, diversas fontes afirmaram que estas ações enfraqueceram consideravelmente a capacidade do Boko Haram, que deixou de se envolver em confrontos com as tropas camaronesas, ao mesmo tempo que multiplicou os atentados suicidas.

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